quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Dicas para morar sozinho – encontrando uma casa


Por mais gostoso que seja ver a louça se lavar sozinha na pia e a roupa se dirigir por conta própria da máquina de lavar para o varal, um dia chega a hora de seguir aquilo que Rei Leão nos ensinou que é o ciclo da vida. Todo mundo com alguma vergonha na cara precisa sair do ninho e pagar as próprias contas, lavar as próprias ceroulas e ser dono do próprio nariz. Eu sei que dói, mas a gente aguenta.

Se você tiver esses roommates a gente quer ir nas suas festas

Quando a gente toma essa dura decisão não sabe nem por onde começar. Sei lá, talvez você saiba, mas eu não tinha a mais vaga ideia. Inclusive empurrei o assunto com a pancinha o quanto pude, portanto, não se sinta culpado se acontecer com você também, é normal.  Mas uma hora a situação se torna vergonhosa e o bom senso te manda deixar de ser frouxo e ir logo de uma vez. Então vá.

Mas, antes de ir, sente, faça as contas e decida quanto quer gastar com aluguel e condomínio. E não esqueça que além dessa nova conta você vai ter gás, luz, água, internet, supermercado, manutenção, IPTU e por aí vai.

A busca

Isso definido, começa então uma animada busca por um apartamento decente, que é na verdade uma aula de arquitetura contemporânea. Porque se você não estiver ryca de muito ôro, vai esbarrar em opções relativamente baratas de moradia, mas muito peculiares. De banheiros com tanque a paredes de um metro e meio para que a sala e a cozinha dividam a mesma lâmpada, tem de tudo. Então, se você aceita um conselho, procure pela internet. Pelo menos dá pra ver as fotos e, se a situação do apartamento em questão for tão horrível assim, você nem visita.

Falar com imobiliárias é inevitável, mas muitas delas anunciam em sites como Imóvel Web, Zap e OLX. As fotos dos imóveis ficam lá, junto com informações sobre preço, condomínio e garagem, e você ainda pode jogar o endereço no Street View. E começar a pesquisa por aí também ajuda a ter uma boa noção de preços.

Casa compartilhada

Mas se tudo o que de habitável você encontrou está além do seu orçamento, talvez seja o caso de dividir. E você pode alugar um apartamento e se mudar para lá com alguns amigos ou procurar uma casa já compartilhada que tenha vagas. Qualquer que seja a opção, o importante é escolher bem as companhias.

Mesmo amigos muito legais podem virar um estorvo com a convivência. Aqueles defeitinhos ficam enormes com a intimidade, então, se eles já te irritarem agora, pense bem e não tenha medo de desencanar da ideia. Entrar no apartamento engolindo sapo não é um bom começo, certo?

Dividir com desconhecidos

Há quem torça o nariz, ache perigoso, estranho, desconfortável, mas morar com gente que você acaba de conhecer também é uma possibilidade. Acontece com frequência perto das grandes universidades (vide Unesp de São Vicente e Unifesp), em que os alunos vêm de longe e sem conhecer ninguém. Mas é sempre bom conversar com os possíveis roommates para saber se o santo bate e se vocês estão na mesma sintonia.

O que eu quero dizer é: se você acorda cedo, provavelmente vai ficar irritado com o barulho noturno de quem só começa o dia depois do almoço. Se você é estudioso e gosta de silêncio, vai odiar dividir a casa com gente muito legal mas que faz festa de quinta a domingo. Então, de nada adianta achar pessoas de muito bom coração se rolar um conflito de interesses. E para evitá-lo, faça todas as perguntas constrangedoras que quiser antes de mudar. Contas, organização, limpeza, festas, horários, vizinhos, comida, drogas, visitas, namorados e tudo o que achar pertinente. Porque você não vai entrar em uma casa desorganizada e fazer a ordem imperar, desista. Os outros moradores vão te achar um babaca.

Depois de escolhida a casa, chega a hora de montá-la, completa ou parcialmente. E você tem que providenciar coisas sobre as quais nunca pensou, como uma trena, araras, varal e pregos. É tenso, porque quem nunca cuidou da manutenção de uma casa já não saberia muito bem onde encontrar tudo isso na própria cidade, que dirá num lugar completamente novo onde você não sabe nem a direção da padaria.

data: 13/12/2012
fonte: http://www.juicysantos.com.br/2012/01/dicas-para-morar-sozinho-parte-um-encontrando-uma-casa/

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Imóveis de um quarto são 40% dos lançamentos do DF, diz associação


Segundo Ademi-DF, metro quadrado varia entre R$ 4 e R$ 10 mil.
13,8% dos domicílios do DF têm apenas um morador, aponta IBGE. 

 Apartamentos de um quarto e quitinetes já representam 40% dos lançamentos imobiliários no Distrito Federal, informa a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do DF (Ademi-DF). Os imóveis têm entre 30 e 65 metros quadrados e metro quadrado que custa entre R$ 4 mil e R$ 10 mil, dependendo da localização.

“Cerca de 40% dos lançamentos que são feitos em Brasília são de imóveis nesse perfil”, afirma presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do DF, Adalberto Valadão.

Segundo o IBGE, a região Centro-Oeste apresentou, em 2011, o maior percentual de domicílios com apenas um morador: 13,8%, dois pontos percentuais acima do registrado em 2009. Nacionalmente, esse percentual aumentou de 12% para 12,7%.

A procura por apartamentos pequenos está maior porque a maior parte da população de Brasília, mais de 50%, é formada por solteiros, viúvos, divorciados e separados e também porque há muita gente que vem de outros estados para trabalhos temporários ou para prestar concurso. São pessoas que querem boas moradias, com conforto, mas sem abrir mão da praticidade.

É o caso da advogada Cleide dos Santos Oliveira. Há um ano ela mora sozinha em um apartamento de um quarto em Águas Claras. Saiu de uma casa grande para o espaço de cerca de 40 metros quadrados. A advogada só vê vantagens na moradia menor.
“Eu optei pela praticidade, pela facilidade na limpeza, especialmente pela segurança, fala a advogada.

data: 24/10/2012
fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2012/10/apartamentos-de-um-quarto-sao-40-dos-lancamentos-imobiliarios-do-df.html

sábado, 6 de outubro de 2012

Donos de imóveis de Brasília já anunciam aluguéis para a Copa

Ficar 20 dias em casa com três quartos e churrasqueira custa até R$ 15 mil.  Conselho de corretores aconselha exigir 100% do pagamento antecipado. 

Aproveitando a Copa de 2014, muitos proprietários de imóveis no Distrito Federal já anunciam aluguel temporário de residências. Apartamentos na Asa Norte e no Sudoeste lideram a lista de ofertas, mas também há anúncios de aluguéis em Taguatinga e no Núcleo Bandeirante.
Em Brasília, o preço de uma casa de três quartos, com churrasqueira e garagem, por 20 dias, chega a R$ 15 mil. Há ainda ofertas de apartamentos de um a três dormitórios. Moradores de outros países, como Estados Unidos, antecipam a busca, de olho num bom lugar para ficar.
A dona de casa Valdete Baia é uma especialista no assunto. Pensando mais adiante, ela pretende utilizar seis imóveis da família para alugar no período dos jogos. “Meus negócios são todos feitos pela internet, eu entro em contato com pessoas do mundo todo”, revela a mulher que planeja expandir o número de imóveis até a Copa. “Eu acho que daqui para lá eu consigo mais alguns.”
Enquanto 2014 não chega, Valdete Baia tem aperfeiçoado o serviço de locação com turistas que estão passando por Brasília. Uma família de italianos está há mais de 40 dias em um dos apartamentos dela e aprovou. “O europeu gosta de ficar numa casa familiar”, comenta o turista italiano Claudio Zepilli.
Para quem pretende oferecer um imóvel para aluguel durante a Copa, o Conselho Regional de Corretores (Creci) recomenda a exigência de 100% do pagamento antecipado. Também é importante detalhar no contrato o estado do imóvel, bem como os móveis e eletrodomésticos, para conferência na entrega das chaves.


O locador também pode e deve exigir um cheque caução, orienta o Creci. Como o aluguel será para estrangeiros, é recomendável a tradução do contrato para inglês
O economista Roberto Piscitelli, do Conselho Regional de Economia, explica que o locador não precisa abrir conta bancária especial, mas deve saber que o aluguel tem que ser declarado no imposto de renda.
“Não muda nada, a rigor, do regime de tributação em relação aos rendimentos que recebe internamente daqueles que recebe do exterior”, explica Piscitelli.

Fonte: 06/10/2012http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2011/08/donos-de-imoveis-de-brasilia-ja-anunciam-alugueis-para-copa-de-2014.html

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Imóveis são investimentos lucrativos no Distrito Federal

Pequenos imóveis, como quitinetes e apartamentos de um ou dois quartos, são os mais rentáveis
Em 2010, um apartamento de dois quartos em Brasília estava avaliado em R$ 460 mil e custa hoje R$ 650 mil, ou seja, estima-se uma valorização de quase R$ 200 mil. Os números são dos Boletins da Conjuntura Imobiliária, divulgados pelo Sindicato de Habitação do DF (Secovi/DF). Para o presidente do Secovi/DF, Carlos Hiram, com uma boa consultoria, este certamente é um investimento com lucro. “O preço de um imóvel sobe, em média, 20% ao ano, mas podem ocorrer picos de valorização. De 2006 para 2009, por exemplo, houve imóveis em Brasília que dobraram de preço”, conta.

A população de Brasília cresceu cerca de 20% e chegou a quase 2 milhões e meio de habitantes. A capital federal já é a quarta cidade mais populosa do país, com o PIB per capta três vezes maior que a media nacional. Brasília é uma cidade planejada e as áreas nobres para construção no Plano Piloto estão praticamente esgotadas. Há pouca oferta e grande procura, o que gera valorização em curto prazo.
Segundo Carlos Hiram, bons investimentos para qualquer região são quitinetes ou apartamentos de um ou dois quartos. “Existe um grande fluxo de pessoas com boa capacidade de pagamento. Jovens que engessaram no mercado de trabalho e famílias recentemente formadas, por exemplo, estão demandando imóveis menores. Além disso, esses investimentos também possuem boa rentabilidade que quer dizer um maior valor de aluguel em relação ao preço do imóvel”, explica.

O boletim feito pelo Secovi/DF em parceria com a Econsult - Consultoria Econômica do Departamento de Economia da Universidade de Brasília, mostra que em julho foram ofertados, no Distrito Federal, 24.485 imóveis para comercialização. A parcela mais expressiva da amostra são apartamentos de dois dormitórios, que representam cerca de 42% do total.

Para quem deseja comprar o imóvel na planta, Carlos Hiram recomenda uma maior atenção. “É necessário que o interessado na compra procure referencias sobre a construtora, certifique se a documentação está certa, se a construção está cadastrada no cartório e também os prazos de entrega do imóvel”, aconselha.

Investimentos no setor imobiliário 
O estudo do Secovi/DF também apresenta o Índice de Rentabilidade Imobiliária, que mede o rendimento obtido por meio da locação de imóveis nas diferentes regiões do Distrito Federal. O Guará apresenta a maior rentabilidade na categoria Quitinetes, com valorização de 0,45%. O preço mediano de comercialização de uma quitinete no Guará é de R$175 mil. Assim, o investidor teria com a taxa apresentada de 0,45%, um rendimento de R$ 9.215,20 em doze meses ao alugar o imóvel.

O maior preço para locação encontra-se em Brasília, enquanto os menores valores provêm dos imóveis em Taguatinga. No Plano Piloto, o aluguel mensal de uma quitinete é em média R$ 1000, já em Taguatinga, é R$ 450. O aluguel de apartamentos de um, dois e três quartos em Brasília custa em média R$ 1200, R$ 2 mil e R$ 2900, respectivamente. Já em Taguatinga, os valores são de R$ 650, R$ 825 e R$ 1200. Ou seja, com R$ 1200, por exemplo, o interessado aluga um apartamento de três quartos na Cidade Satélite e um de apenas um quarto no Plano Piloto.

Crescimento do poder de compra 
Dados do IBGE mostram que a classe C, percentual populacional com renda de 4 a 10 salários mínimos, saiu de 37% do total da população brasileira em 2002 para 49,7% em 2009, o que representa 95 milhões de pessoas. Hoje, essa nova classe C ganha melhores salários e tem ampla oferta de crédito tornando-se um potencial consumidor de produtos como imóveis, por exemplo.

Outro ponto interessante, com relação a dados demográficos do Distrito Federal, é a pirâmide etária. Ela é mais concentrada na área que abrange a faixa entre 15 e 40 anos, dentro da qual está cerca de 40% da população. Isto reflete tanto na atividade econômica quanto no setor imobiliário. Esta parcela da população caracteriza-se por representar pessoas majoritariamente em idade economicamente ativa, o que é favorável para o PIB local. Do ponto de vista do mercado imobiliário, o fato de 20% da população estar na faixa entre 25 e 35 anos é vantajoso, uma vez que esta corresponde a uma fase de formação de família e, como consequência, compra e locação de imóveis.


fonte: 02/10/2012
http://www.lugarcerto.com.br/app/402,61/2012/09/05/interna_ultimas,46086/imoveis-sao-investimentos-lucrativos-no-distrito-federal.shtml

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Condomíninio não precisa indenizar bicicleta furtada em garagem


Decisão do 4º Juizado Cível de Brasília, ratificada pela 1ª Turma Recursal, entendeu ser improcedente o pedido de indenização de uma moradora que teve a bicicleta furtada na garagem de edifício residencial, na Asa Sul. 

No caso do furto da bicicleta, a juíza responsável anota que o STJ já pacificou entendimento no sentido de que o condomínio apenas será responsabilizado pela reparação dos prejuízos experimentados pelos condôminos em decorrência de furtos praticados nas áreas comuns e autônomas do edifício quando houver cláusula expressa na respectiva convenção.

A magistrada ressalta que "quanto à administração do condomínio, direitos e deveres dos condôminos, prevalece a autonomia da vontade, criando-se normas internas de cunho contratual mediante votação e aprovação nas assembleias. Por isso, a instalação de câmeras de segurança não é suficiente a atrair a responsabilidade ao condomínio quando os condôminos livremente escolhem não suportar o ônus de arcar solidariamente com os prejuízos decorrentes de fatos ocorridos no interior do condomínio".

Como o regimento interno do condomínio em questão (Associação Dos Permissionários da SQS 110 Bloco JK) não prevê cláusula assecuratória de prejuízos materiais experimentados pelos condôminos, ao contrário, o art. 25 é claro ao dizer que a Associação não se responsabiliza por qualquer roubo e/ou furto ocorrido no interior da garagem, a julgadora concluiu ser improcedente o pedido, não havendo, pois, o dever de indenizar. Não cabe recurso.

fonte: 18/09/2012
http://juristas.com.br/informacao/noticias/condomininio-nao-precisa-indenizar-bicicleta-furtada-em-garagem/23653/

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mansões no Lago Sul são usadas por empresas para lobby com políticos


Os jardins da entrada, as piscinas da parte interna e a ausência de placas na fachada disfarçam o perfil comercial de dezenas de casas usadas para funcionar como entreposto político de empresas de grande porte no Lago Sul. O bairro mais luxuoso de Brasília foi escolhido pelas firmas com maior peso no Produto Interno Bruto (PIB) para abrigar verdadeiros quartéis generais destinados a desempenhar uma das missões mais estratégicas para as empresas: o lobby com o governo.

No quadro hierárquico das empresas, as casas de representação são chamadas de departamentos de assuntos governamentais. Na prática, as residências do Lago Sul funcionam como um oásis de conforto e discrição para que representantes de empresas e autoridades do Executivo e Legislativo discutam assuntos de interesse comum.

data: 03/09/2012
fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/politica-brasil-economia/33,65,33,14/2012/09/02/interna_politica,320381/mansoes-no-lago-sul-sao-usadas-por-empresas-para-lobby-com-politicos.shtml

Apartamentos funcionais do Executivo são ocupados irregularmente em Brasília



Secretaria do Patrimônio da União tenta despejar inquilinos que já deixaram o emprego público há décadas


Pessoas que deixaram há mais de duas décadas o serviço público ocupam até hoje boa parte dos apartamentos de luxo de propriedade do governo federal. Dos 498 imóveis residenciais administrados pela Secretaria do Patrimônio da União no Plano Piloto, um dos metros quadrados mais valorizados do País, 121 são alvo de ações judiciais ou estão em processo de retomada. Ou seja, praticamente um a cada quatro apartamentos destinados a funcionários do Executivo tem ocupação irregular. A "imobiliária" União tenta despejar de imóveis de até cinco quartos e 223 m² assessores e comissionados do tempo, inclusive, da ditadura militar.

Localizados nas quadras mais caras da capital, os apartamentos custam no mercado na faixa de R$ 1 milhão a R$ 2,5 milhões, com aluguéis mensais que chegam a R$ 5,6 mil. Pelas normas, os apartamentos só podem ser ocupados por funcionários de cargos comissionados que não têm imóvel em Brasília. A aposentadoria e qualquer outro desligamento da função implicam a saída do imóvel, sem exceções.

Em conversa com o Estado, ex-servidores citados numa lista publicada pelo Ministério do Planejamento apresentaram uma série de alegações para não devolver as chaves dos imóveis.

Desde Geisel

Aylton Ventura, de 79 anos, é um dos dez ex-servidores que ocupam apartamento funcional desde o governo Geisel, em 1976. Há 21 anos, quando se aposentou, ele perdeu o direito de permanecer no imóvel de cinco quartos, com área total de 220 metros quadrados, num prédio da Superquadra Sul 315.

O aluguel mensal de um apartamento semelhante ao dele custa R$ 4,5 mil. Em 1990, o governo federal colocou o imóvel à venda e deu preferência a Ventura. O servidor, no entanto, não aceitou o valor estipulado pela Lei 8.025, que tratava da alienação, e conseguiu liminar na Justiça para permanecer no apartamento.

O aposentado diz que gostaria que o governo levasse em conta dois tratamentos que enfrentou contra o câncer. Ventura reclama da divulgação da lista - a publicidade da relação tornou-se possível com a Lei de Acesso à Informação. "Isso faz parte da estratégia do governo de colocar o povo e os jornalistas contra o servidor público", diz. "A ideia que fica é que somos todos privilegiados. Vão dizer: ‘Por que outros brasileiros não têm e esse tem?’", reclama. "Daqui a pouco vai mandar a Polícia Federal me tirar daqui."

Ex-funcionário do Instituto de Pesquisas Aplicadas (Ipea), ele destaca a conjuntura política para explicar o motivo de permanecer no imóvel. "O Brasil é um desequilíbrio total. Eu até abriria mão de alguma coisa considerada privilégio em benefício do total, mas não divido o meu com os outros", afirma. "Não estamos num país sério. Isto aqui está muito bagunçado. Países sérios são os Estados Unidos e a Alemanha. O poder é que resolve o problema, e não vai resolver o meu."

A prática de permanecer em apartamento do governo, mesmo se desligando do cargo, além de não pagar taxas de condomínio e manutenção, se mantém. A lista dos inquilinos incômodos inclui, por exemplo, Adriano de Souza Santos, que entrou no imóvel em abril do ano passado.

A lista divulgada pelo Ministério do Planejamento indica que Santos já deixou a função comissionada, mas ainda não saiu do apartamento funcional.

A Advocacia-Geral da União pondera que, em alguns casos citados na lista, o inquilino pode já ter deixado o apartamento, mas o processo continua na Justiça porque o governo tenta receber por taxas atrasadas. Santos não foi localizado para explicar a citação na lista.

Carlos Alberto Ribeiro de Xavier se aposentou do serviço público. Mas diz que, por ocupar atualmente uma função comissionada no Ministério da Educação, está legalmente num apartamento de quatro quartos e 158 metros quadrados na Superquadra Sul 316. "Continuo trabalhando", limitou-se a dizer.

No Portal da Transparência, consta que Xavier deixou o cargo comissionado em maio. Ele está no apartamento funcional há 21 anos. O ex-servidor diz que não comprou outro imóvel nesse período. Pelas normas, o servidor ou servidora precisa sair do apartamento caso adquira um imóvel, o mesmo valendo para a mulher ou o marido.

Sem comentários

Outro ocupante de imóvel do governo, o servidor aposentado do Ministério da Agricultura Alberto Cabral Botelho disse que não comentaria informações que estão sendo analisadas pela Justiça. Desde 1977, no tempo do governo Geisel, ele ocupa um imóvel de três quartos, com área de 150 metros quadrados, na Superquadra Norte 106. "Essas informações podem ser obtidas no Ministério da Agricultura", limitou-se a dizer.

O aposentado Djalma Campos, de 57 anos, trabalhava como dentista do Hospital das Forças Armadas em 1991 quando pediu baixa, depois de passar num concurso da Polícia Militar do Distrito Federal.

Antes, tentou comprar do governo um imóvel de três quartos, com 160 metros quadrados, na Superquadra Sul 109, que ocupava desde 1986. O governo não vendeu. Campos diz ter conseguido duas vezes na Justiça direito de compra do apartamento, mas o governo recorreu.

Hoje, imóveis iguais ao dele estão avaliados em R$ 1,5 milhão, com aluguéis de R$ 3,5 mil por mês. Sem calcular os juros, ele teria de pagar R$ 350 mil em aluguéis atrasados. Há um ano, Campos fez uma ampla reforma no imóvel. "O governo vai continuar recorrendo. Isso pode durar 1 ou 50 anos", prevê. "Está nesse rolo. O advogado me disse que não perco o direito de compra, já se passaram 25 anos."

data: 03/09/2012
fonte: http://m.estadao.com.br/noticias/nacional,apartamentos-funcionais-do-executivo-sao-ocupados-irregularmente-em-brasilia,924628.htm

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Mudança na caderneta de poupança favorece negociações no setor imobiliário


Na contramão das crises econômicas atuais vividas por vários países europeus, o Brasil apresenta sinais de confiança na política monetária nacional. Com o recente anúncio do governo sobre a mudança das regras da caderneta de poupança, os envolvidos com financiamentos habitacionais também devem se beneficiar. Entenda como funciona a portabilidade de créditos imobiliários e como as novas medidas poderão afetar seu bolso na hora de investir em um imóvel.

De acordo com o Ministério da Fazenda, apesar de não haver relação direta entre alteração na remuneração dos novos depósitos de poupança e a redução nas taxas de juros dos financiamentos habitacionais já existentes, pode-se entender que com a eventual queda das taxas de juros da economia, inevitavelmente, há a possibilidade de instituições quererem financiar imóveis a taxas menores do que as dos contratos já firmados. Neste caso, os mutuários interessados em aproveitar as novas taxas podem fazer a portabilidade – respaldada por lei, em vigor desde 2006 - de sua operação bancária para outra instituição.

De acordo com o economista e professor da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Piscitelli, atualmente, a pessoa interessada em fazer a portabilidade precisa apenas se dirigir a instituição e pedir que a transição seja feita. No entanto, o economista alerta: “É verdade que o banco faz corpo mole e fica tentando segurar o cliente, mas é preciso manifestar firmemente sua intenção”. Piscitelli recomenda que se a transferência não for feita, o mutuário deve procurar os órgãos responsáveis pela defesa do consumidor para fazer uma denúncia dessa instituição e cobrar seus direitos. “Mas não há razão para o banco não fazer a transferência. A não ser, é claro, que você queira fazer a portabilidade para um banco que não tenha essa modalidade de operação”, explica. 

Ainda segundo o economista, com o aumento da concorrência entre os bancos nos últimos anos, já é possível encontrar diferenças de ofertas. “Essa é uma das intenções ao colocar essa nova política monetária e de crédito. Bancos têm mais condição de concorrer hoje. Se os privados não forem mais agressivos vão perder fatias crescentes do mercado”, ressalta. Para Piscitelli, é imprescindível que as instituições privadas ofereçam opções vantajosas de financiamento e taxas de juros, pois a tendência é que as pessoas migrem para os bancos públicos.

O economista destaca que, mesmo com a intenção de fazer a portabilidade, é preciso ter paciência e ficar atento a todas as oportunidades do mercado. “Igual quando você vai comprar um eletrodoméstico ou qualquer produto, você vai querer fazer uma pesquisa de mercado para ver qual é mais vantajoso. O ideal é conversar com duas ou três instituições diferentes”, aconselha. No mais, Piscitelli acredita que com a portabilidade em alta os clientes tendem a se beneficiar, já que com isso os bancos terão que se preocupar em agradá-los cada vez mais.

Para o vice-presidente de Comunicação e Marketing do Sindicato da Habitação do Distrito Federal (SecoviI/DF), Gilvan João da Silva, apesar da conveniência proporcionada pela portabilidade, o caminho mais eficaz para conseguir melhores oportunidades de mercado é tentar repactuar isso no próprio banco em que o imóvel foi financiado. “Ele [o banco] já te conhece, entende seu perfil e suas necessidades”, opina. 

Silva ressalta que é preciso que os mutuários estejam atentos ao custo financeiro da possível troca de instituições. “Quando você faz isso existem custos administrativos. O banco pode cobrar tarifa para fazer a operação e custo de registro também. Além disso, depois que a operação é concluída no banco, tem que ser feita alteração no registro de imóveis”, lembra. O principal é colocar na balança os gastos que você terá com a portabilidade e se eles valerão a pena quando postos em comparação ao atual plano em que você se encontra.

Novas medidas

O economista e professor Roberto Piscitelli não vê necessidade do recente anúncio do governo sobre estudar novas regras para facilitar portabilidade do crédito imobiliário. “Não vejo a primeira vista a necessidade de normas adicionais, tem que cumprir a legislação que já existe e permite que essa operação seja realizada. Normalmente o que se percebe é que cada banco tem normas de regimento interno. Então, de acordo com as políticas de cada instituição isso será firmado”, explica. No entanto, para Gilvan João da Silva, é preciso entender que a portabilidade existia antes, mas sem o destaque atual. “Nem sempre havia boa vontade dos agentes financeiros de fazer isso”, observa. “Essas medidas nem sempre tem efeito rápido. No mercado imobiliário, as movimentações são lentas e você só começa a sentir o efeito delas com mais de um ano de implementação”, avalia.

fonte: 21/05/2012
http://correiobraziliense.lugarcerto.com.br/app/noticia/ultimas/2012/05/18/interna_ultimas,45828/mudanca-na-caderneta-de-poupanca-favorece-negociacoes-no-setor-imobiliario.shtml

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Brasília tem disputa bilionária por terreno

Odebrecht oferece R$ 259 milhões por lote que está em disputa judicial entre Luiz Estevão e a UnBrreno

O braço imobiliário da Odebrecht, maior construtora do país, aposta em uma manobra jurídica para obter, por menos da metade do preço, um dos terrenos mais valorizados do Distrito Federal. De acordo com estimativas de mercado, o lote localizado na quadra 6 do Setor Hoteleiro Norte vale, pelo menos, R$ 650 milhões no caso de permuta. 

A construtora ofereceu R$ 259,6 milhões em imóveis para a UnB (Universidade de Brasília), proprietária original da área. Localizado a apenas 500 metros do estádio Mané Garrincha e a 3,6 quilômetros do Palácio do Planalto, o terreno tem 17.580 mil m² e é considerado uma joia valiosíssima pelo mercado imobiliário. 

Além do endereço privilegiadíssimo e da dimensão, outra vantagem é o potencial construtivo. O endereço permite que seja erguido um empreendimento semelhante ao Brasil 21, complexo de sete prédios localizado do outro lado do Eixo Monumental. 

Chance única 

A Odebrecht enxergou a oportunidade milionária a partir de uma disputa judicial que se arrasta há 19 anos e cinco meses e tem como protagonistas a UnB e o Grupo OK, do senador cassado Luiz Estevão. Em 1991, a UnB firmou um “compromisso de permuta” com o Grupo OK. Pelo acordo, o terreno da quadra 6 do SHN seria trocado por 30 mil m² de área construída no Distrito Federal: 27,8 mil m² em salas e garagens em prédios do OK espalhados pela cidade e 2,2 mil m² em salas no empreendimento que seria erguido no terreno. 

De lá para cá, nenhuma das partes cumpriu o acordo e sucessivas ações foram apresentadas à Justiça, tanto pelo OK quanto pela UnB. Na primeira delas, o Grupo OK questionou a UnB por não ter passado a escritura de propriedade. Em resposta, a UnB argumentou que parte dos imóveis já estava nas mãos de outras pessoas e que o padrão de muitos era abaixo do que havia sido prometido. 

A primeira decisão da Justiça Federal saiu em 19 de maio de 2011. A sentença determinou a efetivação da permuta entre as partes e multou o Grupo OK em R$ 41,9 milhões referentes ao período em que a UnB não pode desfrutar do patrimônio que lhe havia sido proposto. 

A sentença também determinou que a universidade seja devidamente indenizada caso o Grupo OK não entregue os imóveis. A Odebrecht entrou em cena em junho de 2011, quando propôs formalmente substituir o Grupo OK no litígio. A transação judicial permitiria que a construtora assumisse os deveres e direitos do grupo no processo – ou seja, a construtora receberia o lote e pagaria a UnB. 

A construtora oferece R$ 259,6 milhões em áreas nos prédios a serem construídos no lote e cita como vantagens a resolução imediata da batalha jurídica, o alto padrão dos imóveis e uma provável receita mensal de R$ 1,5 milhão em aluguéis.

fonte: 09/05/2012
http://www.band.com.br/noticias/brasil/noticia/?id=100000502487

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Feirão da Casa Própria no Rio e no DF negociou mais de R$ 2,2 bilhões


Em três dias do 8º Feirão Caixa da Casa Própria no Rio de Janeiro e no Distrito Federal (DF) foram negociados mais de R$ 2,2 bilhões relativos a 12.874 imóveis usados, novos e na planta. Pelo menos 103.442 pessoas passaram pelo feirão no Rio e em Brasília desde sexta-feira (4/5). O feirão ocorreu também em Belo Horizonte (Minas Gerais), Recife (Pernambuco) e em Salvador (Salvador). Mais de 430 mil imóveis – usados, novos e em construção – estão disponíveis até a primeira quinzena de junho.

A rede de agências da Caixa continua a atender as pessoas interessadas em financiar a casa própria, com as mesmas condições do feirão. O site oficial www.feirao.caixa.gov.br também permanecerá disponível aos interessados. No Distrito Federal, 36.210 pessoas passaram pelo feirão e foram negociados R$ 938.060.671,00 entre contratos assinados e encaminhados. No evento, foram oferecidos mais de 15 mil imóveis, distribuídos pelas regiões do DF e Entorno.

Só no Rio de Janeiro foram fechados e encaminhados 8.735 negócios, em um total de R$ 1,2 bilhão. Durante os três dias do evento, 67.132 pessoas passaram pelo pavilhão 2 do Riocentro. Foram feitas ainda 18 mil simulações de financiamento. Para a direção da Caixa no Rio, o feirão foi bem-sucedido, pois mostrou a possibilidade de crédito mais rápida e com taxas de juros diferenciadas. Foram oferecidos mais de 46 mil imóveis na planta, novos e usados. Os imóveis estavam distribuídos em vários municípios, com valores entre R$ 75 mil e R$ 5 milhões e média de preço de R$ 150 mil.

As novas taxas no crédito habitacional da Caixa continuarão a valer após os feirões. Com a medida, os juros dos financiamentos habitacionais variam de 4,5% a 9% ao ano, dentro do Sistema Financeiro da Habitação, com prestações decrescentes e prazo de pagamento de até 30 anos.

De 18 a 20 de maio, as cidades de Curitiba (Paraná), Fortaleza (Ceará) e São Paulo recebem o feirão. De 25 a 27 de maio, será a vez de Uberlândia (Minas Gerais), Campinas (São Paulo) e Porto Alegre (Rio Grande do Sul). De 08 a 10 de junho, o evento será em Belém (Pará) e Florianópolis (Santa Catarina).

fonte: 07-05-2012http://correiobraziliense.lugarcerto.com.br/noticias/ultimas/capa_ultimas/

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Caixa inaugura novas taxas de juros no Feirão da Casa Própria


O sonho de sair do aluguel pode estar mais próximo de ser realizado com a redução em até 21% dos juros do crédito imobiliário, anunciada pela Caixa Econômica Federal (CEF) na semana passada. As novas taxas passam a valer a partir da oitava edição do Feirão da Casa Própria, que acontece entre os dias 4 de maio e 10 de junho em treze grandes cidades brasileiras. Serão oferecidas, ao todo, 430 mil imóveis usados e na planta. Em Brasília, o evento acontece no período de 4 a 6 de maio, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães.

De acordo com o vice-presidente de Governo e Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, “a grande vantagem do Feirão é a possibilidade de se realizar o processo de aquisição do imóvel em um único espaço, onde estão, juntos, todos os agentes da cadeia de habitação, como construtoras, corretores, cartórios e técnicos da Caixa, responsáveis por analisar e liberar os financiamentos, o que poupa tempo e dinheiro para as famílias”. 

Linhas de financiamento
As condições que a CEF oferece para aquisição da casa própria atendem a todas as faixas de renda familiar, com prazo de pagamento de até 30 anos. Dentro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), os juros podem variar de 4,6% a 9% ao ano, para todas as modalidades de financiamento. De acordo com a instituição financeira, quem se interessar em comprar uma moradia pode encontrar chances de financiamento de até 100% do valor do imóvel.

O que é necessário
O banco informa que os interessados em sair do Feirão com imóvel próprio devem estar munidos de documentos de identidade, CPF e comprovante de renda. Além dos feirões, é possível obter informações nas agências da Caixa ou pelo Serviço de Atendimento ao Cliente do banco, pelo telefone             0800-726-0101      .

A CEF oferece, ainda, um simulador no site da instituição, que possibilita calcular e visualizar vários cenários e valores, além de escolher a opção que mais se encaixa no rendimento da família.

fonte: 03/05/2012
http://correiobraziliense.lugarcerto.com.br/app/noticia/ultimas/2012/05/02/interna_ultimas,45786/caixa-inaugura-novas-taxas-de-juros-no-feirao-da-casa-propria.shtml

Cerca de 15 mil imóveis serão oferecidos no 8ª Feirão da Casa Própria no DF



A partir desta sexta-feira (3/5), cerca de 15 mil imóveis novos, usados e na planta serão oferecidos durante o 8º Feirão Caixa da Casa Própria do Distrito Federal. O evento, que será realizado no SDC Eixo Monumental - Lote 05 Centro de Convenções Ulysses Guimarães, segue até o próximo domingo (6/5). As taxas reduzidas para o crédito imobiliário passam a valer no mesmo dia e serão mantidas mesmo após o Feirão, nas agências do banco em todo país.

Mais de 74 construtoras, quase 35 imobiliárias e 57 correspondentes da Caixa Econômica Federal (CEF) estarão presentes no três dias do feirão. Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro e Salvador também recebem o evento no mesmo período. A previsão é de que, no total, 430 mil imóveis sejam oferecidos.

30 anos para pagar

Segundo a Caixa, as linhas de financiamento atendem a todas as faixas de renda familiar e possuem prazo de pagamento de até 30 anos. Os juros variam de 4,6% a.a. até 9% a.a., para todas as modalidades de financiamento. O banco oferecerá oportunidades de financiamento de até 100% do valor do imóvel.


Os interessados em adquirir a casa própria durante o Feirão , devem levar documento de identidade, CPF e comprovante de renda.

data: 03/05-2012 

fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2012/05/03/interna_cidadesdf,300684/cerca-de-15-mil-imoveis-serao-oferecidos-no-8-feirao-da-casa-propria-no-df.shtml

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Área desocupada da 901 Norte esquenta debates sobre o PPCUB

Suspeita
Palco de debates acalorados sobre a preservação do patrimônio tombado de Brasília, a área desocupada da quadra 901 Norte tem dividido opiniões a respeito de sua expansão. De acordo com a proposta do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), o local deverá ter uso predominantemente para hotéis (55%), mas também permitirá outras atividades complementares. Apesar da lei atual permitir a construção de edifícios com gabarito de apenas nove metros (o equivalente a três andares, contando com o térreo), o projeto de lei em análise aumenta este gabarito para 45 metros, o que abre brecha para a construção de prédios de até 15 andares. Mesmo com a recomendação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) contrária ao projeto, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação do DF (Sedhad) defende que a construção agregará valor a capital. Para o arquiteto urbanista Frederico Flósculo, no entanto, a situação reflete descompromisso do governo com o plano urbanístico desenvolvido para Brasília. O arquiteto acredita que, com o PPCUB, a capital atravessa o maior perigo da história da cidade. “Isso é a consagração do processo extenso de destruição de Brasília”, critica.

De acordo com o Secretário de Habitação, Geraldo Magela, a Sedhab está dialogando com o Iphan para chegar a um consenso. “Quando fizemos a proposta (para o Iphan) não era exatamente essa que ficou no PPCUB. Antes, o gabarito era de 65 metros e agregava exclusivamente hotéis”, explica. “O Iphan disse que não aprovava. Mas não foram as diretrizes, foi a proposta. O que ele não aprovou foi o projeto”, ressalta. Ainda segundo Magela, o Iphan já possui as diretrizes em mãos e está fazendo a devida avaliação. “Se o Iphan concordar com essas diretrizes, então podemos apresentar outros projetos”, conta. O secretário destaca que fez questão de colocar a proposta em aberto para que as pessoas que são contrárias possam apresentar pareceres alternativos. “Se o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), por exemplo, tiver posição diferente, ele pode apresentar outra ideia. Estamos pedindo até que as pessoas apresentem outras propostas mesmo”, afirma.

Em outubro do ano passado, o superintendente do Iphan, Alfredo Gastal, já havia deixado clara a posição do instituto com relação ao projeto da Sedhab. Segundo a conclusão do Iphan, a proposta fere a legislação do tombamento de Brasília. Procurado pela a reportagem do CorreioWeb, o Iphan alegou que não há nada novo a declarar sobre o assunto e que a expectativa é que seja mantido o local da forma como está previsto na lei. O instituto declarou ser inadmissível a altura que a Sedhab pretende permitir aos prédios, e esclareceu que futuras discussões sobre o tema poderão acontecer desde que as construções tenham estatura baixa.

O arquiteto Frederico Flósculo explica que a verticalização proposta na área é totalmente inadequada e danosa para Brasília e relembra a função inicial do local até então desocupado. “Aquele espaço estaria destinado ao serviço público, a algum órgão público de importância”, recorda. “A primeira coisa que deve ser colocada em análise é que o projeto desrespeita isso e estabelece a mudança de uso do local. O governo vai ficar sem espaço na área central de Brasília, para dar espaço a um conjunto arquitetônico sem o menor sentido e sem demanda de uso. A área será uma peça imensa de capital privado sem nenhum beneficio pra cidade”, opina.


Frederico vê o projeto como um golpe contra Brasília. “A cidade se mostra fraca, não sabe se defender. O GDF deveria dizer: ‘temos função de governo para colocar nessa quadra’, mas em vez disso representa o estado de corrupção urbana. Isso é a 901 Norte: gema de ouro da corrupção brasileira”, critica. Para o arquiteto, o PPCUB tem diretrizes mal fundamentadas e não transparece a participação da comunidade. “Francamente, como você tem um plano de preservação trazido com 25 anos de atraso e que não considera a participação da comunidade nas instâncias decisivas?”, indaga.

A revolta com as regras estabelecidas pelo PPCUB vão além. Frederico acredita que o plano é cego com relação à questão ambiental. “É tão tosco, chega a ser ridículo e risível. Esse PPCUB na verdade não passa de um plano de regularização imobiliário de vários crimes que já foram cometidos na cidade”, acusa. Ele lembra que não há nenhuma menção a respeito das áreas verdes das super quadras, como é o caso da 214 Norte. “Ela foi urbanizada por construções e incorporada inapropriadamente. Ela não é uma super quadra legitimamente. Árvore ali é quase zero”, observa. “O que o PPCUB diz com relações a coisas como essas? Nada! Ele não muda nada!”, indigna-se.

Um dos pontos mais polêmicos da minuta do PPCUB, a ocupação da 901 Norte esquenta o debate sobre a preservação de Brasília (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
Um dos pontos mais polêmicos da minuta do PPCUB, a ocupação da
901 Norte esquenta o debate sobre a preservação de Brasília
 Sobre a atuação do Iphan no caso da 901 Norte, o arquiteto se mostra decepcionado. “Eles não se opuseram à mudança do solo, fizeram posição precária. O problema é a pouca virilidade do Iphan e você tem que defender a cidade com virilidade. O Iphan não é claro, não é decisivo, a defesa apresentada por ele é fraca e entrega Brasília aos inimigos”, acredita. Frederico vai além e diz ainda que o instituto não merece a confiança da capital. “Com esse PPCUB estamos atravessando o maior perigo da história da cidade. Isso é a consagração do processo extenso de destruição de Brasília”, completa.

Na opinião do arquiteto, o que Brasília precisa é investir na educação dos valores urbanísticos da capital e mostrar para a população porque ela deve amar a cidade. “A própria população é desinformada, ela não sabe o que está defendendo. Vamos ficar que nem a população do Egito, que esqueceu os faraós, não tem mais razão para cultivar o passado, porque é distante e não faz mais parte de suas vidas”, compara. “Brasília podia dar exemplo de valores urbanísticos para o resto do Brasil”, conclui.

Vale lembrar que a Sedhab realizará no próximo dia 31, às 8h30, no Auditório I do Museu Nacional da República, a 3ª Audiência Pública para elaboração do PPCUB, que deverá prever, regular e qualificar, por exemplo, áreas de comércio e serviços, áreas do esporte, lazer e cultura, sistema viário, estacionamentos, áreas verdes, parques urbanos e habitação diversificada. A elaboração do Plano está prevista na Lei Orgânica do Distrito Federal, no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) – Lei Complementar nº 803/2009 e na Portaria nº 299/204 (Iphan).

fonte: 11/04/2012
http://correiobraziliense.lugarcerto.com.br/app/noticia/ultimas/2012/03/29/interna_ultimas,45685/area-desocupada-da-901-norte-esquenta-debates-sobre-o-ppcub.shtml

DF recebe terras cedidas pela União

Distrito Federal ganha mais de 20 milhões de metros quadrados de terrenos. Áreas serão utilizadas para construção de um Centro de Treinamento da Polícia Civil, edificação de 5 mil habitações e ampliação de reserva ambiental

A União oficializou nesta terça-feira (3/4) a cessão e a doação de 24,5 milhões de metros quadrados a 17 cidades brasileiras, entre imóveis e terrenos. Ao Distrito Federal foram cedidos mais de 20 milhões de metros quadrados. As áreas serão destinadas a iniciativas e projetos de regularização fundiária, educação, saúde, desenvolvimento econômico e preservação ambiental, conforme a necessidade de cada localidade.

O governador em exercício, Tadeu Filippelli, esteve na solenidade de assinatura das portarias de cessão e doação, na tarde desta terça-feira (3/4), no Ministério do Planejamento. Para ele, a incorporação dos espaços representa um ganho inédito para o Distrito Federal.

“Esta destinação de terras possui importância de grande envergadura para o DF. Brasília ainda não tinha desfrutado plenamente do momento propício que o país vive desde o governo Lula. Sem dúvida, esta assinatura beneficiará não apenas os moradores da capital, mas todos os brasileiros”, destacou o governador em exercício.

Distrito Federal 
Mais de 18,8 milhões de metros quadrados cedidos estão na Região Administrativa de Sobradinho e serão incorporados à Reserva Biológica da Contagem, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A ampliação da área de preservação permitirá que 31 famílias permaneçam no local.

Em 911 mil metros quadrados, também em Sobradinho, haverá a construção de um Centro de Treinamento da Polícia Civil na Fazenda Sálvia. O local poderá ser usado por corporações de todo o país.

A Associação Pró-Morar do Movimento Vida de Samambaia (AMMVS) receberá 1,3 milhão de metros quadrados no Riacho Fundo II. No local, está prevista a edificação de mais de 5,1 mil habitações de programas dos governos federal e do Distrito Federal. A Associação representa 207 entidades do movimento social de habitação do DF e foi a responsável pela elaboração e licenciamento dos projetos urbanístico e ambiental.

Pelo contrato, caberá ao GDF a seleção das famílias com base nos critérios da política habitacional e a implantação de infraestrutura urbana. Os lotes serão comercializados pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap). Já a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), que fez a doação das terras, entregará os títulos às famílias.


Divisão

Dos 24,5 milhões de metros quadrados cedidos e doados pela União, 19 milhões serão destinados à regularização fundiária, 2,2 milhões para educação, 1,4 milhões para o Programa Minha Casa, Minha Vida, 1 milhão para a área social, 1 milhão para desenvolvimento econômico e 900 mil para preservação ambiental.

Segundo a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, as terras vão ser aproveitadas de forma mais eficiente. “Não tem sentido o governo federal ficar com áreas não utilizadas ou subutilizadas se podemos usá-las para benefícios como a construção de uma casa, de uma unidade de saúde, de educação, ou ainda para o desenvolvimento das economias locais”, justificou a ministra, acrescentando que a União seguirá com uma política ostensiva de utilização das áreas públicas federais por meio da Secretaria do Patrimônio da União (SPU).

Também estiveram presentes à solenidade de assinatura o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Geraldo Magela; o presidente da Terracap, Luís Antônio Reis; a secretária-adjunta de Patrimônio da União, Maria Rosa Lazinho; o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins; e a diretora do ICMBio, Silvana Canuto Medeiros; além de parlamentares, prefeitos, representantes de universidades e outras autoridades.

Cidades beneficiadas 

Além das cidades de Sobradinho e Riacho Fundo, no Distrito Federal, os seguintes municípios receberão terrenos da União: Camaçari (BA), Livramento de Nossa Senhora (BA), Areia (PB), Angicos (RN), Mandaguaçu (PR), Maringá (PR), Novo Hamburgo (RS), Cerro Largo (RS), Santo Ângelo (RS), Florianópolis (SC), Guarapari (ES), Caeté (MG), Belo Horizonte (MG), Carangola (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

Fonte: 11/04/2012
http://correiobraziliense.lugarcerto.com.br/app/noticia/ultimas/2012/04/04/interna_ultimas,45708/df-recebe-terras-cedidas-pela-uniao.shtml

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Conheça as regras de declaração do Imposto de Renda 2012

Já foram divulgados os critérios que apontam quem precisará declarar o imposto de renda neste ano. Como era de se esperar, não há grandes surpresas, já que a Receita Federal tem evitado mudanças significativas ao longo dos últimos anos. Desta vez, optaram apenas por reajustar em 4,5% os limites de renda tributável e de receita proveniente de atividade rural, como mostrado adiante.
É importante mencionar que estar obrigado a declarar é diferente de ter que ser o titular da declaração. O contribuinte que se enquadra em algum dos critérios de obrigatoriedade também fica em dia com a Receita quando é declarado como dependente.
O que traz problema é estar incluído nas prerrogativas da Receita e não apresentar a declaração. Ou seja, independentemente da idade, do estado de saúde e de qualquer outra coisa, caso o cidadão reúna uma ou mais das características a seguir, ele deverá prestar contas – mesmo que tenha sido necessária a ajuda de alguém para elaborar a declaração.

Principais novidades para 2012

Além dos reajustes mencionados, há três novidades: (1) quem teve mais de R$ 10 milhões de rendimento tributável agora precisa obrigatoriamente declarar com um certificado digital; (2) a ferramenta IRPF2012 estará disponível a partir do dia 24 de fevereiro, mas a Receita só aceitará o envio das declarações entre 1º de março e 30 de abril; e, a mais inovadora, (3) doações realizadas para fundos da criança e do adolescente feitas até 30/04/12 deste ano poderão ser abatidas já no IRPF 2012.
Pela primeira vez, a Receita permite que uma doação no ano corrente faça uma diferença na restituição ou pagamento de imposto de renda desse mesmo ano.
Dica: faça uma boa ação e aproveite esse benefício fiscal! Algumas informações adicionais podem ser vistas neste link.

Quem deve declarar

De volta ao que interessa, está obrigada a fazer a declaração do imposto de renda toda pessoa física residente no Brasil que, em 2011, tenha:

  • Obtido rendimento tributável superior a R$ 23.499,15 (seja salário com vínculo empregatício, rendimento de aluguel, pensão alimentícia, rendimento autônomo, maioria das aposentadorias e outros);
  • Obtido rendimentos isentos, não-tributáveis ou com tributação exclusiva/definitiva com soma superior a R$ 40 mil (aqui se considera herança e doação recebida, maioria das bolsas de estudo e pesquisa, dividendos, ganho de venda isenta de IR e outros);
  • Registrado ganho de capital NÃO isento de IR pela venda (alienação) de bens e direitos ou fez operação em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e afins;
  • Feito uso do benefício fiscal dos 180 dias para a venda e compra de imóvel com isenção de IR;
  • Faturado renda bruta rural superior a R$ 117.495,75, proveniente de atividade rural, ou se deseja compensar prejuízo rural no IRPF2012;
  • Possuído bens ou direitos somados superiores a R$ 300 mil (inclui imóvel, veículo, obra de arte, crédito de empréstimo ou de venda e outros);
  • Se tornado residente no Brasil em 2011 e continuava sendo até 31/12 (independente da nacionalidade).


fonte: 11/02/2012
http://queroficarrico.com/blog/2012/02/09/imposto-de-renda-2012/